domingo, 22 de junho de 2014

Sobre o Caio Mesquita






Hoje eu estava no twitter quando me veio de sugestão para seguir um antigo fã clube que eu tinha do Caio, eu me aventurei e entrei nele e passei horas e horas lendo e sorrindo com as coisas que eu escrevia.

Se você me perguntasse quem foi ele e qual a importância que ele teve em minha vida, hoje, a jovem que sou aos 19 anos, ia respirar fundo e sentar em um banco, e viajaria no tempo, esse tempo que há levaria para 2010,meus 15 anos, dia 6 de maio para ser mais precisa, o primeiro show que eu iria dele, eu ainda nem era tão fã assim, mas já o acompanhava desde de 2008 ( quando o conheci através de uma foto do jornal extra, que vinha a revistinha "almoce com seu ídolo"),mas a partir do momento que eu o vi pela primeira vez, meu coração saltou, aquela pessoa tão comum, de pele branca, olhos claros nas luzes, cabelo espetadinho bem pretinho, e uma blusa cor de vinho com cadarço na frente, calça jeans, cinto branco, e não me
perguntem sobre o tênis, eu o encarei tão rápido que quis logo voltar para o rosto e ficar admirando mais, e foi por durante quase uma hora até ele terminar o show, e eu vê aquelas meninas tão alvoraçadas correndo em direção ao camarim para tirar uma foto, confesso que eu era uma delas, que também sai empurrando a tiazinha, o papagaio e o que mais viesse pela frente, eu era quase a oitava da fila, minhas mão estavam suadas e geladas, e minhas pernas tremiam mais do que vara verde, quando chegou a minha vez de entrar eu nem acreditei que estava ali, sempre que eu o via nas fotos ou programas de tv ele parecia tão irreal , uma pessoa tão diferente do meu mundo "humano", talvez fosse esse modo fã de sempre idolatrarmos nossos ídolos, e botarmos ele acima de nós, como se fosse um lindo diamante, que podíamos sempre admira-lo e protege-lo, mas nunca poderíamos trazer para o nosso mundo, e então ter essa oportunidade de chegar perto dele, beijar ele no rosto, e sentir um abraço e o cheirinho de perfume, quando ele foi autografar meu CD e perguntou meu nome, eu quase disse Martha, Elizete, Fernanda ou o que viesse porque nem eu sabia o meu nome, eu só sabia que estava diante do homem mais importante da minha vida, mas respondi claramente, Tainá.
Ele autografou e eu sai, eu queria ficar ou então enrola-lo dentro de um saco e leva-lo para casa, perante a lei isso seria um sequestro, mas o que é que a lei entende de amor de fã? Eu não queria sequestrá-lo , eu só queria trazer ele para o meu mundo, cuidar dos pequenos detalhes da vida dele, e ajuda-lo , ser seu braço direito, mas já que os seguranças não permitiriam que eu fizesse isso, eu vim embora, o caminho inteiro eu fiquei pensando em como esse momento foi mágico, até chegar em casa, e demorou 8 dias até eu ter a ideia de fazer um fã clube para ele no twitter mesmo, dia 14 de maio, eu criei , comecei a divulga-lo, no mínimo o que eu queria era somente uma resposta e ser reconhecida por ele, com menos de 24 horas, ele me seguiu no twitter, eu fiquei tão feliz, que palavras seriam insuficientes para demonstrar a essência que foi aquele momento, eu comecei a gritar para a casa toda, e minha mãe nunca entendeu essa minha alegria e histeria ao ter uma resposta dele, mas ela ficava feliz, porque eu estava feliz e  eu conseguia contagiar todos a minha volta.
Depois disso todos os shows dele no Rio, era minha presença garantida, eu tinha que vê aquele menino travesso misturado com a esperteza de um senhor experiente  moldado em forma de jovem, lembro nos dias dos ingressos que começaram a vender eu fui a primeira chegar na fila de uma lona que eu nem conhecia, depois peguei ônibus errado para Jacarepaguá, e fui parar em outro lugar,  e quase chorei quando me disseram que a bilheteria não iria abrir, eu fui em 4 shows no Rio, dois no shopping São Gonçalo, um em Realengo e outro em Jacarepaguá, mesmo carioca eu nunca tinha conhecido esses lugares, o danado do menino virou até meu guia turístico porque aonde ele estava, eu estava, seja fisicamente, ou de mente, ou de coração ou alma, eu estava ali presente.
Uma vez ele demorou muito tempo para vim ao Rio, e eu resolvi ir em um show em Caçapava, eu precisava vê, meu querido ídolo e nem a distância ia impedir isso, nem mesmo a falta de dinheiro, juntei minhas economias do ano inteiro para pagar o rapaz que ia levar, claro que boa parte ( leia-se quase tudo) foi minha mãe que deu, ela me disse que isso seria meu presente de natal, acho que ela nunca me deu um presente de natal tão caro como essa ida, e posso dizer? Foi o melhor presente que ela podia ter me dado em 15 anos de vida!
Eu nem dormir na véspera do dia do show de Caçapava saímos ás 7 da manhã e chegamos 14horas da tarde, o show só ia começar ás 18h.. isso com os atrasos, passamos o dia sentada na praça, pessoas indo e vindo, e nós lá, até que deu umas 17h30.. e eu vi ele passar, estava com a banda, meu coração foi ás alturas, toda a noite mal dormida, toda as horas naquela praça, todo o tempo havia ficado no passado, porque eu tinha visto, meu doce e querido bebê, e assim que eu o chamava, ás vezes que eu encontrava eu gritava" bebêee" e ele me dava aquele sorrisinho, não sei se ele queria me matar por chamar ele de bebê mesmo com aquela idade, mas assim que eu o via, como um bebê, que eu o protegia, do meu jeito, mas protegia.
O final do show de Caçapava foi uma confusão as fãs queriam entrar, eram muitas pessoas, e ele teve que ir embora escoltado pela polícia, eu chorei tanto, mais uma vez não ia entregar a carta que tinha feito, nem o ursinho, foi então quando eu vi o pai dele — Arthur, a quem tenho um carinho e respeito enorme, digo o mesmo da Rosane (mãe do Caio) — em cima do palco, a gente já se conheci através do twitter se falávamos todos os dias, mas nunca tinha nos visto, lembro que falei pra ele "Sou a Tainá, do twitter" , e ele me perguntou " Você veio do Rio ?" eu sorri e disse que sim, que era só pra vê o Caio e eu não consegui, confesso que fiz drama e ele me disse que o Caio estava no ônibus na rua de trás, que era pra eu ir lá que ele ia avisar para me deixarem entrar, eu fui correndo, aproveitei que com a chuva, todas as fãs tinham sumido, corri tanto que meu coração foi na boca, mas quando cheguei lá ele já tinha ido.
Bom, eu voltei e entreguei a cartinha que fiz e o ursinho para o pai dele, de qualquer maneira ia chegar até ele, minha mãe achou que eu ia ficar decepcionada por não ter conseguido, fiquei sim, mas a felicidade de ter visto ele mesmo no meio de tanta gente, e de ter conseguido entregar o ursinho e a carta ao pai superou tudo isso, quando cheguei em casa e vi no twitter ele perguntando aonde estávamos e que éramos pra ir no hotel, eu fiquei tão feliz.
Outra decepção foi no aeroporto  quando eu resolvi esperar ele chegar, porque ele estava vindo para o Rio , mas para um evento fechado, e eu queria muito vê-lo passei o dia no aeroporto esperando ele chegar, não sei como, eu não o vi passar, lembro que nesse dia eu chorei bastante, uma vida de fã é resumida entre choro, sorrisos, alegrias, é como pegar todas as angútias dos seu ídolos e tomar para você, e como querer cuidar protege-lo, quem me conheceu em 2010 sabe que eu chorava Caio, vivia Caio, respirava Caio, o mundo inteiro precisava saber quem era Caio Mesquita e a importância que ele tinha na minha vida.
Eu fazia questão de contar para todos, as pessoas enjoavam de me ouvir falar, e eu estava lá disposta a continuar falando.. você sabe que ele é de gêmeos? Você sabe que ele faz aniversário dia 14/06? Ele toca saxofone, ele autografou o meu CD, ele me segue no twitter, olha o que Caio twittou, e quando elas achavam que eu havia parado de falar no Caio, lá estava sentada no computador vendo a vida de quem? Do Caio!
Tinha um Banner que eu queria fazer para ele, então eu enchi o saco do homem porque nunca ficava do jeito que eu queria, até que o homem resolveu me chamar lá para ajudar a montar o jeito que era no computador, e assim foi feito, quando o banner ficou pronto eu vim toda feliz com ele pela rua, todos me olhavam e olhavam para aquilo na minha mão e eu nem ligava, pendurei ele em frente a minha cama e olhava para ele todos os dias e sonhavam com o dia que o Caio ia receber ele.
Caio Mesquita recebendo meu banner
 E foi um dos dias mais especiais, ele recebeu da forma mais linda e deu aquele sorriso com os olhos abertos e vivos.
Eu sorri automaticamente, já que eu funcionava a base de Caio, e sorria todos os sorrisos dele, mesmo que as vezes eu tivesse alguns ciumes com ele, de uma forma ou outra eu estava feliz porque ele estava feliz.Foi graças a ele também que eu aprendi a usar o blog eu tinha que ter um local para divulgar as coisas dele, e aprendi a mexer, cada semana eu tinha que mudar a cor, lembro que ele divulgou 3 matérias postadas por mim, as fãs também seguiam e comentavam.
O blog foi só uma das coisas que eu aprendi com ele, aprendi também amar uma pessoa acima de tudo, sem esperar nada em troca, percebi que os sonhos só são ímpossiveis para os fracos que não sabe lutar por eles, aprendi a mexer mais no twitter, aprendi a sorrir com alguém a milhões de distância, aprendi a dividir sonhos com outras pessoas, aprendi a ter força de vontade, e aprendi a controlar o nervosismo cada vez que ele ia fazer uma apresentação, eu rezava para que ele se saísse bem e ficava a noite inteira acordada, até a hora dele entrar e dizer que havia acabado o show e estava indo para casa, em dia de gravação no programa do Raul eu ficava plantada também até ele postar no twitter que havia chegado em casa, desde que ele postou do assalto que havia sofrido eu sempre me preocupava e não conseguia fechar os olhos, até saber que ele estava em casa, bem, e já ia comer e dormir, sim, ele comia de madrugada, e quase não engordava, ah, esqueci de comentar eu adorava babar nos looks dele, tinha uma blusa de xadrez que era minha preferida, ah também não falei, que ele jogou a toalha pra mim no show de Realengo, foi um dois dias mais lindos.
Caio me trollando
O Cheiro dele ficou na toalha durante 4 meses, porque eu joguei a toalha em uma bolsa e fechei só abria rápido para dar uma cheirada e fechava, sim eu era viciada no cheiro dele, uma caiocaína, então eu era uma caiocaníaca, no orkut (sim,era dessa época) ele tinha um particular, eu nunca adicionei ele por medo dele me recusar, até o dia em que ele adicionou o meu fã clube, eu pulei 20 mil vezes em frente o computador antes de aceitar ele, acho que eu emagreci 1 kilo naquele dia, no MSN eu tinha ele, mas morria de medo de falar qualquer coisa com ele, ele me excluir ou sei lá o que, eu só falava o necessário quando precisava divulgar alguma coisa, ou se podia postar algo pessoal, e quando uma vez ele me chamou no MSN eu quase morri, queria que o chão abrisse e me puxasse para dentro, do que abrir aquela janela cor de abóbora que piscava pra mim.
Esses anos de fã realmente foi perfeito, na verdade todo o tempo de caiocaníaca foi perfeito, era como viver uma roda-gigante de emoção, não mudaria nada, nem acrescentaria nada.
Hoje infelizmente tanto o blog e tanto o fã clube ficaram inativos, mas o Caio teve uma importância muito importante na minha vida e na minha adolescência, no começo do fã clube, eu falei uma frase que quando a gente faz as coisas com amor, carinho e respeito , a gente não se arrepende e repete quantas vezes for preciso, e eu faria tudo de novo, eu sofreria, eu choraria, eu sorriria, eu tremeria e eu pularia 500 mil vezes em frente o pc se fosse preciso, dizem que adolescência é a melhor fase da vida, e eu posso dizer, eu tiver a melhor de todas. Thanks por isso, Caio de Abreu Mesquita!

Que sua estrela nunca se apague, e que nunca falte aplausos no final dos seus shows, mesmo de longe eu ainda aprecio as suas conquistas.

                                                                                               Tainá Moura

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