sexta-feira, 20 de junho de 2014

Crônica de uma primeira vez aos 15.





Ele se chamava Adriano, tinha a voz mais encantadora do universo, eu tinha 15 anos e ele 17, mas como havia repetido duas vezes ele estudava na minha sala, ele olhava pra mim e eu olhava pra ele e na hora do recreio eu cochichava com minhas amigas, como Adriano era bonito e fofo , e que meu coração pulava ao vê ele, e que estava "apaixonada" por ele, Adriano foi rápido no gatilho e em um semana começamos a namorar foi o maior sonho da minha vida, eu chegava feliz em casa e meus pais nem sonhavam, já que na cabeça deles eu era muito nova para namorar, mas eles ficaram felizes vendo meu desempenho e até as notas nas provas melhorarem, Adriano e eu se encontrávamos no recreio e depois na saída íamos conversar na praça que tinha perto do colégio,
passávamos horas,e confesso ás vezes eu matava aula só pra ficar mais tempo com Adriano, alguns meses se passaram e como nem tudo eram flores, Adriano começou com sua mãozinha boba, eu sempre tirava e dava um jeito de me esquivar, até que o dia ele com aquele papo de todo homem, me disse que ser virgem é careta, e que tínhamos que começar nossa vida sexual, porque ele é homem e precisava de sexo, e perguntou se eu  não confiava nele? rapidamente balancei a cabeça afirmativamente, sim, eu confiava, mas não estava realmente pronta, então mudei o rumo da prosa, alguns dias se passou e
Adriano e eu ficamos até mais tarde no colégio eu queria arrumar um jeito de ensinar as matérias que ele não fazia a menor questão de aprender, se não estava prevendo que ele repetiria pela terceira vez a mesma série, mas os planos de Adriano eram outros, começou a sussurrar em meu ouvido, disse que me amava, e que eu era a mulher da vida dele, eu disse que não me sentir pronta, ele disse que não tem essa de ficar pronta, ah claro, disse também o tradicional "eu vou devagarzinho, e nem vai doer", prometo que ninguém vai saber, boba eu, acabei aceitando as chantagem de Adriano, claro, depois de alguns anos nós iríamos nos casar, e eu ficaria feliz ao lado dele e dos nossos 2 filhos, cedi e foi ali mesmo naquela sala de aula vazia e em cima da mesa do professor, ele não foi devagar, claro como iria, corria risco de alguém nos pegar a qualquer hora, ele tinha que correr, depois disso, nos encontramos mais 2 vezes e nosso namoro durou mais 1 mês, depois ele me pediu um tempo sem qualquer explicação pra isso, leve em conta que ele contou pra escola toda sobre a nossa transa, e todos me olhavam com olhos de repúdio, os meninos nem tanto, pois achavam que ia tirar proveito da situação, só precisou passar 1 semana após o tempo que ele me pediu para eu entender o motivo, ele estava desfilando de mãos dadas com uma outra menina da mesma classe que a minha, ah eu chorei, me desabei em lágrimas, eu tinha 15 anos e achava que ele era o amor da minha vida, esse clichê que nossos pais inventam, dias depois eu estava no banheiro me acabando de chorar, pra variar, quando entra a atual namorada dele com outra amiga, e dizia que ele queria tirar a virgindade dela, e que ela achava que ia ceder, afinal ele era lindo e gostava muito dele, e que ele disse que nem ia doer, e ia "meter devagarinho", eu devia ter ficado quieta e assistir de camarote a próxima que ia chorar naquele banheiro, mas algo em mim despertou eu abrir aquela porta, e disse pra ela não fazer isso, que ele já havia feito esse truque comigo, e expliquei a minha história, ela ficou parada ouvindo e quando eu terminei, me sentindo aliviada por fazer o bem, ela me chamou de invejosa, e espalhou pela escola inteira que eu era uma descabaçada recalcada, esse apelido pegou por longos anos, já que eu tentei mudar de colégio, mas meus pais nunca encontraram um motivo convincente para fazer isso.
Meses depois eu estava indo para o banheiro na hora do recreio , com esse apelido horrível que ganhei, ninguém mais queria falar comigo, então nos tempos vagos eu me trancava no banheiro e torcia para a hora passar rápido, foi quando entrei bati a porta e vi um choro da última porta do banheiro, fui lá vê quem era, ora ora se não era a atual do meu ex, na hora me deu vontade de bater a porta na cara dela, mas aquela droga de sentimentalismo falou mais alto, peguei e mão dela e ajudei a levantar do chão e se sentar no banquinho e perguntei o que havia, ela falou que queria morrer, eu pensei que eu  que deveria mata-la destruído minha imagem no colégio, mas fiquei quieta e somente perguntei o porque, ela me disse que eu tinha razão , me pediu desculpas e disse entre o choro que ela havia cedido pro lindo e belo Adriano, e ele havia chutado dias depois, eu disse que não era pra ela ficar assim, que no começo ela ia se sentir traída, mas depois isso passava e eu dizia isso por experiência própria, ela disse que não era só isso, que diferente de mim, ela havia engravidado, fiquei perplexa, não pela gravidez dela, mas por nunca ter feito um teste de gravidez, assim que acalmei minha ex inimiga, sai dali e fui na farmácia , fiz o teste, por sorte, não havia engravidado.
Bom, eu me formei e saí do colégio não tive notícias do Adriano desde da última vez que o vi passar com uma outra garota da nossa sala, eu nem me atrevi a abrir os olhos dela, e sobre a ex dele também não sei que fim levou ela e o bebê, e se ela realmente teve ele.
Sobre a primeira vez, eu não me culpo, talvez cedo demais, deveria ter esperado, não pela idade, mas pelo cafajeste que foi ele, mas jovens tem manias de se aventurar em terrenos escuros, eles nunca sabem como é o outro lado, até chegar lá.

*Essa história é totalmente fictícia, escrevi essa crônica para tentar abrir os olhos de algumas jovens que acham que perder a virgindade com o garoto fará ele ficar com ela, aproveitem sua juventude, é a época de conhecer a vida, não de fazer sexo, você terá muito tempo pra isso.


                                                                                     Tainá Moura

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