segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"Todos os homens não prestam" Porque eu não acredito nisso.


Me chamem de inocente, cega ou até inexperiente, mas eu me recuso a acreditar que todos os homens sejam iguais.
Em 20 anos de vida, eu observei muito bem alguns deles, e criei uma teoria diferente para cada um deles.
Vi homens extremamentes carinhosos, homens extremamente frios, homens durão pro mundo, e uma fofo para sua namorada, vi homens incapazes de mentir, e outros incapazes de dizer a verdade.
Vi homens com o coração partido e pisoteado pela vida, vi homens de bem sendo transformados em monstros pelas desilusões, assim como vi monstros convertidos pelo poder do amor, vi homens maravilhosos sendo jogados fora só por não ter o padrão de beleza, assim como vi homens feios de alma boa, sendo desvalorizados por sua beleza exterior, vi homens que só permaneceram pouco tempo em minha vida, mas deixaram uma marca que guardarei pra sempre, assim como homens que duraram tanto tempo e nem uma recordação feliz terei no futuro.
Vejo eles em milhões, bilhões, multidões, toda vez que saio na rua, cada um com seu jeito, sua cor,seu estilo, vejo moleques, vejo caras, vejo homens,é só sair na rua para vê multidões deles, mas eu não consigo generalizar eles em um "todos homens são iguais".
Entre tantos homens que eu vi passar diante dos meus olhos, e fora todos os outros que ainda vão passar, e mais a metade que nunca irei conhecer, posso concluir que nem todos os homens são iguais, nem todos vão te enganar, nem todos vão mentir, e nem todos vão te amar.
Na roda de domingo, onde sempre sai o assunto dos MACHOS, não tem jeito, onde tem mulher, tem assunto de homem, elas sempre dizem todos homens não prestam, eu prefiro não opinar, talvez essas mulheres não tenham a sensibilidade para enxergar cada um deles a fundo e preferem generalizar.
Elas nunca vão vê a meiguice nos olhos deles, diferenciar o jeito de andar, a inocência ao acordar, a voz rouca, a falta de vergonha ao desafinar cantando, as comidas mal cozidas, o jeito protetor de acariciar e de proteger, e de amar a mulher que é dele.
E mesmo que fosse verdade que todos os homens são cachorros, aprendam a selecionar os cães de raça.


                                                                                                Tainá Moura

Talvez fosse você


Não foi na tranquilidade da primavera , nem tinha canto dos pássaros fazendo trilha sonora do nosso encontro, foi um calor de dezembro, um calor, se permite dizer: infernal.
Diantes daquele sol de 40 e sensação térmica ultrapassando a casa do diabo, lá estava, você e eu, no primeiro encontro nada cordial, quando pra quebrar o clima você fez uma pergunta, entre todas as outras curiosidade que você tinha sobre mim, você me perguntou qual era o meu gênero de filme preferido, eu sendo interrompida entre o vento quente e o sorveteiro que gritava já derretendo de suor,  respondi comédia romântica sempre foram as minhas preferidas, e parece que foi a palavra-chave para você começar a gargalhar e mostrar suas deliciosas covinhas, entre as risadas e o grito do velho sorveteiro, perguntei qual era  o motivo daquela risada, e você com seu jeito tão "sútil" respondeu: "Nunca te disseram que a primeira impressão é a que fica, você poderia ao menos ter inventado umas mentirinhas para o nosso primeiro encontro".
    Eu sorri largo em seguida, sorrir da sua risada, e sorrir ao vê o jeito que você esforçava para arrancar sorrisos meus, nunca fui o tipo de mulher que sorrir com qualquer piada, e nem para qualquer pessoa, você tinha essa habilidade de me fazer sorrir, cheguei em casa nesse dia com o pensamento de que talvez fosse você.
Nossos beijos, nossas conversas, nossas noites de amor, minha insônia, teu senso de humor, minha tpm, sua calma, meu temperamento difícil, sua paciência, minha fragilidade, sua força, seu peito, minha necessidade de aninhar, talvez pudessem se encaixar imperfeitamente bem.
Talvez não, mas grande parte de mim dizia, que talvez fosse você.



                                                                                                Tainá Moura