segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Talvez fosse você


Não foi na tranquilidade da primavera , nem tinha canto dos pássaros fazendo trilha sonora do nosso encontro, foi um calor de dezembro, um calor, se permite dizer: infernal.
Diantes daquele sol de 40 e sensação térmica ultrapassando a casa do diabo, lá estava, você e eu, no primeiro encontro nada cordial, quando pra quebrar o clima você fez uma pergunta, entre todas as outras curiosidade que você tinha sobre mim, você me perguntou qual era o meu gênero de filme preferido, eu sendo interrompida entre o vento quente e o sorveteiro que gritava já derretendo de suor,  respondi comédia romântica sempre foram as minhas preferidas, e parece que foi a palavra-chave para você começar a gargalhar e mostrar suas deliciosas covinhas, entre as risadas e o grito do velho sorveteiro, perguntei qual era  o motivo daquela risada, e você com seu jeito tão "sútil" respondeu: "Nunca te disseram que a primeira impressão é a que fica, você poderia ao menos ter inventado umas mentirinhas para o nosso primeiro encontro".
    Eu sorri largo em seguida, sorrir da sua risada, e sorrir ao vê o jeito que você esforçava para arrancar sorrisos meus, nunca fui o tipo de mulher que sorrir com qualquer piada, e nem para qualquer pessoa, você tinha essa habilidade de me fazer sorrir, cheguei em casa nesse dia com o pensamento de que talvez fosse você.
Nossos beijos, nossas conversas, nossas noites de amor, minha insônia, teu senso de humor, minha tpm, sua calma, meu temperamento difícil, sua paciência, minha fragilidade, sua força, seu peito, minha necessidade de aninhar, talvez pudessem se encaixar imperfeitamente bem.
Talvez não, mas grande parte de mim dizia, que talvez fosse você.



                                                                                                Tainá Moura

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