terça-feira, 15 de abril de 2014

O primeiro tombo depois dos 15



O primeiro tombo a  gente nunca esquece (mentira, eu já esqueci o meu)
Até os 15 ainda é relevante sairmos tombando por aí e dando cambalhotas de escada abaixo, mas após os quinze o cuidado é em dobro, afinal já passamos da tal idade de joelhos machucados, arranhão nos cotovelos, e fechar os olhos pro mertiolate ou mamãe assoprar né? ( a minha se estivesse aqui ainda faria isso).
Eu sempre fui cuidadosa em relação a tombo, odeio hematomas e marcas na pele, então sempre evitei passar batida de algo que eu sei que iria cair, eu evito correr em chão escorregadio, dançar no boxe, não ultrapassar um degrau da escada rolante enquanto ela desce,e lavar o azulejo em cima de uma escada, mas eis que um dia a burra velha aqui, depois dos seus 19 anos, tem a belíssima ideia de re-aprender a andar de bicicleta, levando em conta que a última vez que andei eu tinha 8 anos.
O começo foi tranquilo, não cai, até porque nem conseguia me equilibrar na bicicleta, tombava pra lá, pra cá, isso que eu ia com uma amiga minha que me ajudava a ficar controlada em cima da bike, e vigiava os carros que via para eu parar.
Hoje, numa bela terça chuvosa, semana de feriado, me invadiu uma vontade de pegar a bike e sair por aí sozinha, as 7h30, esse é horário da minha caminhada, aproveitando que meu primo deixou a bike aqui até o próximo final de semana, lá vai eu, linda e bela! Toda desengonçada, mas fui, fui e fui, cheguei ao meu destino, nunca imaginei que cansava tanto, as ladeiras então, e os quebras-molas? Vixi, meu bumbum está gritando até agora, mas por fim, cheguei ao meu destino, e na hora da volta? Oras bolas! Veio um barulho de carro na frente, na rua que ainda não dava para avistar se estava perto ou longe, e uma moto que buzinava loucamente atrás de mim, minhas pernas tremeram, apertei o freio ele não obedeceu e eu capotei!
TIBUUUUUUUUUUMMM! Cai feio, meus joelhos doem e se não tivesse de calça comprida, seria pior, minha mão ficou arranhada e a pobre da bicicleta envergou, duas evangélicas simpáticas que passavam ali com seus guarda-chuvas pararam para me ajudar a levantar, só que eu não conseguia levantar, não por não ter forças, e que me deu um ataque de risos, eu não conseguia parar, quando olhei para frente o que carro estava chegando agora perto, dava para mim passar, e o desinfeliz da moto, estava buzinando esperando alguém com a moto parada, não pedindo passagem como eu imaginava, mas foi um tombo feio viu? Bom , depois das simpáticas senhoras perguntarem se eu estava bem e se não havia me machucado, respondi que não agradeci, e elas seguiram o caminho delas e eu o meu, na rua seguinte tinha um grupo de idoso e jovens que de onde eles estavam deu para presenciar esse mico de camarote,quando passei por eles com a bike do lado, senti que eles queriam rir, não os culpo, eu também senti vontade de cair na gargalhada novamente, lembra do post anterior? Vamos rir do ridículo! Depois que passei por esse grupo, montei na bike novamente, só para eles verem que consigo andar e não desistir de aprender, deve ficaram se lamentando, pois logo sair da vista deles, não poderiam vê o próximo tombo. Um beijo da blogueira arranhada.

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