Que eu sairia por aí em meio a neblina, o frio que fazia na madrugada, a procura de um bar aberto aquela hora, sem me preocupar com os perigos que corria, eu só queria um bar, apenas uma b ar para encontrar uma bebida que saciasse a minha sede, sede de amor, sede de saudade, para cobrir o vazio deixado por você do lado da cama, queria me afogar em 2,3,4 copos, queria encontrar um desses bebum que pagam de psicólogo em mesas de bares e desabafar com ele todo o desamor que eu estava sentindo naquela madrugada, queria sair, passear pela noite, olhar as pessoas, os lugares, queria silêncio, ser iluminado pela lua, queria subir em uma ponte, e imaginar a ressaca que a sua ausência faz em minha alma, estava desassossegada, aflita, precisava de sua mão passeando em meu rosto, um beijo em minha testa, esse abraço apertado que tanto me faz falta, somente ontem a noite, eu precisava pelo menos uma vez ouvir você dizer que me amava, precisava ouvir sua voz, e para a noite eu fui na procura de achar você, não você realmente, mas te procurar em outras pessoas, tentar achar aquele sorriso em outros lábios, aquele beijo em outras bocas, aquele jeito másculo em outro corpo e aquela a paz em outra alma, mas não, nenhuma daquelas pessoas era igual você, me joguei no sofá inutilmente e desabei a chorar e pensar na gente, aquele som com uma música internacional que cantava em meus ouvidos através do fone, meu coração automaticamente traduziu a letra daquela música como uma inquietante sifônia de amor, em que dois amores não podiam ficar juntos, porque um preferiu partir, não sei a real a tradução daquela letra, mais foi assim que eu achei mais confortável decifrar, e foi assim que ficou.
Ontem foi mais uma noite daquelas que a dor gritou, o coração apertou e os olhos transbordou, mas graças a Deus, o hoje chegou, um sorriso apareceu e a dor mais uma vez, desapareceu.
Tainá Moura
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