sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Estou cansada vento, me leve para outro lugar.

Eu estou tão cansada, cansada de que?
Das pessoas, dos lugares, das coisas, da rotina.
Diferente das outras pessoas depressivas, eu não me acho uma má companhia, eu sempre procuro alegrar e levar tranquilidade e paz para a vida das pessoas que me cercam, sempre procuro arrancar um sorriso e fazer com que elas se sintam felizes, em troca eu ganho o que? Nada, mas eu não espero nada mesmo.
Fazer elas se sentirem bem e praticar o bem as outras pessoas me faz com que eu sinta feliz, o problema é que guardas todas as minhas mágoas e angústias para mim, ás vezes me sufoca.
Sinto muito falta da minha mãe, e mais ainda da amiga que ela era pra mim, sinto falta de ter alguém pra conversar, dividir os meus problemas, desabafar, só sentar no colo e chorar, uma pessoa que me entenda.
Sinto falta de um cafuné, de abrir a casa e encontrar alguém a minha espera, de alguém que se preocupe comigo, com o horário que vou chegar, alguém que me ligue só para perguntar como estou, mas o mesmo tempo eu sinto uma necessidade de afastar das pessoas, como se elas perto de mim me sufocasse, quando eu digo que aprendi a ser feliz sozinha, não, eu não estou mentindo, mas chega uma hora que o peso da solidão invade, e invade deixando um vazio, um aperto, fazer uma comida e não ter quem te elogie, botar o prato na mesa só para você, ter que correr do banheiro para o quarto, porque não tem ninguém que entregue a toalha, e assistir um filme e comentar nas redes sociais, na espera que alguém ajude a opinar.
Aí eu me deito em meu travesseiro e me pego desejando com a maior força do mundo, que um vento passe, um vento sereno e calmo e me leve para outro lugar, onde amor não falte, e que sempre apareça uma pessoa caridosa que tenha compaixão das minhas mãos geladas e comece a aquecer entre as suas.
Um abraço amoroso materno está me fazendo tanta falta, que eu busco por aí, um carinho, que só uma pessoa no mundo poderia me dar, minha mãe.

                                                                              Tainá Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário