terça-feira, 29 de julho de 2014

A mania que temos de pensar no que poderia ter sido


Quando fazemos uma escolha é porque pensamos em todas as opções e se de todas que tínhamos ao nossos dispor aquela foi a mais favorável e que mais agradou, uma vez tomada a escolha, não olhamos para trás e nem pensamos nas outras que tínhamos a nossa disposição, certo? Errado!
Não sei por que causa, motivo, razão ou circunstância nunca estamos satisfeito com a escolha que fizemos e sempre aquela dúvida por mais inconveniente que seja toma a nossa a cabeça : "E se eu tivesse escolhido daquele jeito?" Vejamos exemplos : E se eu tivesse escolhido o carro de outra marca? E se eu tivesse guardado o dinheiro e comprado outra coisa? E se ao invés de ser médico eu tivesse escolhido ser advogado? E se eu não tivesse terminado aquele namoro, será que hoje ela ainda estaria comigo?  E SE...?E SE...? E SE...? Essas dúvidas que uma horas ou outra vem a nossa cabeça, dúvidas inconveniente e inúteis, uma vez que não poderemos rebobinar a nossa vida e mudar o roteiro, a escolha que fizemos é essa, e nessa teremos que permanecer, por mais que seria estingante a ideia de podemos saber o destino que teríamos tomado com outra escolha, assim como acontece nas novelas.
Tiro por mim, eu mera mortal, não poderia pensar no que poderia ter sido, foi num dia desses que no meu facebook me indicou um rapaz em "Pessoas que talvez você conheça" ao vê o rosto dele, é claro que eu conhecia, e eu conhecia melhor do que ninguém, ele foi meu primeiro amor na adolescência, digamos que eu estava tentando ligar pra uma amiga minha, mas por UM número errado eu botei o número do celular dele,perguntei se era da casa da menina, e ele me disse que não, eu achei a voz dele tão linda, que depois de desligar eu mandei mensagem "que voz linda", ele me respondeu com um sorrisinho e eu comecei a puxar conversar, e daí pra cá ficamos amigos , acredite se quiser, parece história de fanfic mas não é, eu sempre falava com ele todos os dias, a noite minha mãe tinha que me tirar arrancada do telefone, porque tinha que acordar no dia seguinte para ir a aula, começamos como amigos, eu peguei um amor imenso por ele, pela voz dele,sem nunca ter visto o rosto dele (pasmem), nessa época eu nem tinha computador e nem sonhava em ter um, eu só vim conhecer o rosto dele pelo orkut, um ano e meio depois quando ganhei o computador da minha mãe, confesso que ele era completamente diferente do que eu imaginava na minha cabeça, mas isso não foi motivo para me afastar dele, eu já estava envolvida, lembro que na época eu ganhei um chaveiro (leia-se um bonequinho de pelúcia, gordinho e verde), falei para ele que ele era nosso filho, e se chamaria o nome dele e o segundo nome seria Júnior, toda noite quando se falamos ele me perguntava pelo Juninho nosso filho, dividíamos planos de filhos e etc, ele também me perguntava se ele estava bem e eu respondia que estava, ele falava que era pra cuidar da mamãe dele ( que era eu), eu juro que achava que ele era o meu destino, porque como é que podia por um número errado, conseguir fazer amizade, e criar esse vínculo tão forte com ele, bom, o mesmo acaso que me trouxe ele, foi o que levou, ele sempre marcava encontros comigo, e eu por ser de menor nunca ia, sempre enganava ele, e deixava ele plantado, a mãe dele até chegou a me ligar, criei uma amizade enorme com a família dele, até com a cunhada, sempre se falávamos, principalmente nas datas comemorativas, e aniversário, decorei a data de todos, e tinha o número de celular de todos também, até hoje tenho a cunhada dele em uma rede social, com o tempo eu fui crescendo, fui botando outras prioridades e ele foi se afastando de mim, e quando eu vi aquela indicação do facebook para eu adicionar ele, eu não escondi a curiosidade e cliquei, vi na foto do perfil dele e em seguida no mural uma foto dele com um bebê ( um bebê lindo por sinal, que tem até olhos azuis) e na legenda : "Eu e meu filhão lindo", eu fiquei apaixonada, logo eu que sou louca por crianças, vi também a foto da atual namorada dele, que é uma negra bonita (confesso), me deu aquela nostalgia e eu lembrei do nosso Juninho e dos planos que fazíamos, agora ele já era papai, e juro que me peguei pensando no famoso "E se..." e se nós tivéssemos ficados juntos? e seu eu tivesse ido nos encontros? Será que nosso filho seria tão lindo como aquele bebê? Ou aquele bebê seria meu? Será que essa altura eu já seria mamãe? Será que ele teve a curiosidade de entrar em alguma rede social para saber como fiquei? Me peguei pensando, até achar a foto dos três juntos, a esposa, ele e o filho deles, e pensei será que aquela família era minha ou realmente tinha que ter acontecido assim? Sinceramente, eu não sei, mas que eu pensei no Juninho quando vi aquela criança, eu pensei, e pensei também se ele teria pensando nele quando soube que seria papai, ele sempre foi 3 anos mais velho do que eu, se hoje estou com 19, ele completou 22 no último dia 25.
É estranho como podemos nos pegar pensando no passado, em pessoas, acontecimentos que nos fazem parar e pensar no que poderia ter sido, mas se quer um conselho, caro leitor (a), de uma garota que tem uma bagagem bem recheada do "poderia ter sido" o segredo é seguir em frente, se você fez aquela escolha é porque em algum momento você achou que aquilo era o melhor pra você, então faça ser, porque ninguém melhor do que nós mesmo, para saber o que nos faz bem.

Um beijo nostálgico da blogueira Tainá Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário