quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Eu nasci apaixonada

E entre esses encontros de amigas que temos todas as sextas para jogar conversa fora, falar de nossas vidas, dos prazeres e desprazeres que tinha ocorrido entre aquele tempo que estávamos afastadas, eis que entre uma conversa e outra, daqueles papos que rendem — Minhas amigas gostam de falar, e como gostam — eu desviei o olhar e olhei pro nada, joguei o cabelo para o lado e dei uma risadinha, até uma delas me perguntar : "Mas e você? O que anda fazendo? Você está muito feliz, por algum acaso está apaixonada?"
Levei o copo novamente a mesa e peguei um guardanapo para secar o cantinho da boca, depois de terminar, respondi : "Sim, estou apaixonada."
Não é preciso dizer que as três mulheres que estavam naquela mesa entraram com questionário quilométrico em cima de mim, e eu respondi detalhadamente a cada pergunta.
Todo o trajeto para casa eu fiquei pensando, que relação a felicidade tem a vê com a paixão? Será que a forma para a felicidade estava em ser eternamente apaixonada? E o que seria ser apaixonada? A resposta era óbvia gostar tanto de uma pessoa a ponto dela ser responsável pela seu sorriso, mas se é assim, eu sou uma mulher eternamente apaixonada, pelas pessoas ao meu redor, pelo animais que me rodeiam, pelas paisagem, pelos dias de sol, sou apaixonada pela minha família, pelos lugares paradisíacos, pelos meus amigos, pelas minhas coisas, elas fazem parte do meu dia, sou tão dependente delas como seria de uma pessoa que meu coração escolhesse para se apaixonar.
E foi nesse tipo de paixão que eu pensei quando respondi a elas que estava apaixonada, uma mulher apaixonada por um homem é feliz, mas uma mulher apaixonada pela vida e por si mesmo é COMPLETAMENTE feliz.


"Antes de se apaixonar pelo próximo se apaixone por você todos os dias, todas as horas, todos os segundos, o melhor remédio para felicidade, é o amor próprio"



                                                                   Tainá Moura

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